quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Reunião no Paolão: Amarone Clássico Zenato 2006, Protos Crianza 2012, El Vinculo 2006 e Chapelle de Potensac 2007

Dias atrás passamos na casa do Paolão para beber uns vinhões. Chegando lá, ele já estava bebendo um El Vinculo 2006 com o Fernandinho. Vinho feito sob a batuta de Alejandro Fernandez, do grupo Pesquera, na região de La Mancha. É feito com uvas de vinhedos antigos e passa 18 meses em barricas. Estava muito bom! Aromas de ameixas e especiarias doces, com leve toque herbáceo. Em boca mostrava boa acidez e taninos sedosos. Vinho para uma boa comida. 
Seguindo na espanha, passamos para um Ribera del Duero levado por este que vos escreve: Protos Crianza 2012. Vinho de perfil moderno, com fruta viva, representada pela cereja e framboesa, em meio a canela e cravo. Em boca mostrava grande presença, fruta madura equilibrada pela acidez correta e final longo e especiado, com notas de cravo. Uma delícia! Muito agradável e já pronto para beber, embora pudesse ser guardado.
O Paolão abriu ainda, para acompanhar o jantar, um excelente Amarone della Valpolicella Clássico Zenato 2006. Bem, já coloquei o elogio de antemão. Aqui trata-se de outro patamar. O vinho, apesar dos seus 16% de álcool (o que não me agrada) era de grande qualidade. Aromas de ameixas pretas, amoras e tamarindo, em meio a alcaçuz e couro. Com o tempo, surgiram notas de café. Em boca era amplo, intenso, especiado e com taninos redondos. O final era interminável. Um vinhaço! Como o pessoal diz por aí, vinho para meditação... Rei da noite! Só para informação, foi top 100 da Wine Spectator em 2010, com 94 pontos e designação Highly recommended.
O JP levou um Chapelle de Potensac 2007. É o segundo vinho do Potensac, Cru Bourgeois da familia Delon, proprietária dos Leoville las cases. Mas esse Chapelle não me disse a que veio e não fez minha cabeça. É feito com Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e parece que nesta safra até uma pitadinha de Carmenére. O nariz é bem fraco, pouco expressivo, com notas de cassis e ameixa, em um fundo de canela. Em boca é leve, pouco intensidade e final curto. É fácil de beber, mas não impressiona. Tem sido vendido por aí como sendo oferta, a um preço que seria o correto. Mas perde fácil para um bom Erasmo. Sei que o JP não ficará bravo, pois como ele mesmo sempre diz, "não foi ele quem fez".
Bem, e ainda teve tempo para umas tacinhas (pequenas, claro) de bons destilados. Valeu, Paolão!

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