quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Torre Muga 2011, Incógnito 2009, Quinta dos Carvalhais Único 2009, Quanta Terra Grande Reserva 2011, Roquette e Cazes 2012, Chateau Maucoil CdP 2012 e Zeta 2008!


Reunião da Confraria há algumas semanas... O confrade Rodrigo voltava de viagem e para nós, volta de confrade é motivo de comemoração! E se é para comemorar, temos que beber vinho bão! E o primeiro foi levado pelo Rodrigo, que tem pegado muito pesado ultimamente. E não foi diferente dessa vez, quando ele levou este Torre Muga 2011. Bem, Muga é sempre certeza de qualidade. Torre Muga então, é certeza de grande vinho. Não é só a garrafa dele que é grande e imponente. O conteúdo também. Este, em particular, tinha um perfil bem mais moderno que anteriores que bebi, e estava bem mais pronto. Lembro de ter bebido da safra 2005, que era um pouco mais nervoso e precisou de um descanso em decanter para se mostrar. Além disso, tinha um toque cítrico mais evidente. Este Torre Muga 2011 tinha notas de ameixas, toffee, caixa de charuto e especiarias (canela e alcaçuz). Em boca era intenso e muito macio, sedoso, um soco com luva de veludo. A boa acidez lhe aportava frescor e os taninos eram sedosos. Como mencionei, é mais modernoso e abordável já de imediato. Vinhaço!
Outro vinhaço foi levado pelo Paulinho, o Rei dos Portugueses! E não é a primeira vez que ele oferece um deste, para a nossa alegria (clique aqui). Era um Incógnito 2009, da Cortes de Cima. Esse vinho, Syrahzão de primeira, fica cada dia melhor. Amoras, chocolate amargo, azeitonas pretas e especiarias. Fresco e mineral em boca. Os taninos, estão ficando cada vez mais amigáveis. Uma beleza!
E continuando nos portugueses, o Quinta dos Carvalhais Único 2009, levado pelo Paolão, era uma raridade. A Quinta é do grupo Sogrape, e o vinho, um Touriga Nacional 100%, como o próprio diz, é algo particular. Ao nariz é muito rico, com notas florais, de amoras e framboesas, em meio a especiarias, tabaco e leve mentolado. Em boca, muita elegância, acidez perfeita, taninos sedos e final longuíssimo. Destaca-se pela finesse e elegância. É um vinho de excessão, de grande complexidade e que deve ser bebido com tranquilidade. Top do Dão! E de Portugal. Valeu, Paolão!
O JP levou um ótimo Roquette e Cazes 2012, que também já pintou por aqui. E como disse em outras ocasiões, achei um dos melhores da linha. Tomara que levem ainda alguns deste para bebermos, pois está muito bom! Frutas silvestres maduras, chocolate e um fundinho abaunilhado. Uma delícia!
Eu levei um Quanta Terra Grande Reserva 2011. Este eu provei recentemente no Passeio Enogastronômico da Adega Alentejana, e gostei muito. Queria então beber mais tranquilo. O vinho é feito com Touriga Nacional (65%), Tinta Barroca (20%), Touriga Francesa (13%) e Sousão (2%), com maturação em barricas novas de carvalho francês por 12 meses. Ao nariz mostra notas florais, de amoras, framboesas, e uns toques de azeitona preta e cacau. Em boca mostra corpo e boa estrutura, frescor e taninos redondos. Elegante e cremoso em boca, melhorando com tempo em taça. Gostei muito! Belo vinho!
Passando para um francês, o Chateauneuf du Pape Chateau du Maucoil 2012. Eu não conhecia este CdP. Ele é feito majoritariamente com Grenache e porções parecidas de Syrah, Mourvédre e Cinsault. No começo estava fechadão, como era esperado para um CdP de apenas 4 anos de idade. No entanto, em pouco tempo foi se abrindo e mostrando notas de amoras, casca de ameixa, bolo de frutas e alcaçuz. Em boca era mineral, fresco e com tanino firmes, ainda por arredondar. Está muito bom agora, mas deve melhorar com algum tempo de adega.  
Ah, não acabou! Tem ainda o único sulamericano da noite. E não era qualquer um. O Thiaguinho chegou um pouco atrasado, mas trouxe um vinhão: Zeta 2008, de Zuccardi. Em 2008, o Zeta não levou a Tempranillo, encontrada em anos anteriores. É um corte de 73% Malbec e 27% Cabernet Sauvignon. As duas foram fermentadas em inox e maturaram separadamente por 14 meses em barricas novas de carvalho francês. Após a realização do blend, o vinho descansou ainda 20 meses em garrafa antes de ser liberado ao mercado. Ao nariz mostrava muita complexidade, com notas de ameixas em compota e amoras, em meio a chocolate amargo e toques de pimenta do reino (sem exageros). Em boca era denso, mas com acidez equilibrada. Os taninos eram sedosos e o final muito longo e achocolatado. Novamente, um ótimo Zeta! Perfeito agora, mas pode ser guardado sem problemas. 
Isso aí! Mais uma noite de primeira!



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