Apenas para lembrar algumas coisas que já escrevi aqui no blog: Bacalhau vai bem com branco barricado (experimente o riojano Conde de Valdemar fermentado em barricas) ou tinto leve, pouco tânico. No caso destes últimos, a combinação com portugueses leves é certeira. No entanto, gosto também da combinação com Pinot Noir. E hoje, para acompanhar a minha famosa (na família...rs) bacalhoada, abri este Ventisquero Grey Pinot Noir 2012. Eu estava curioso para beber este vinho, pois havia visto que a revista Decanter elegeu o 2011 o melhor Pinot Noir chileno (lhe atribuindo 95 pontos!). Como não achei o 2011, peguei este 2012 mesmo, pois acho que o estilo deve se manter. A linha Grey da Ventisquero me agrada. São vinhos de bom preço e boa qualidade. O enólogo Felipe Tosso é caprichoso. Este Pinot Noir passou 12 meses em barricas de carvalho francês de primeiro (15%), segundo (30%) e terceiro (55%) usos. Ao ser aberto, o vinho mostrou aquele fundinho de goiaba típico, mas com o tempo, ele foi sumindo e a fruta se manifestou com notas de framboesa e cereja, em meio a notas terrosas e especiadas (noz moscada e canela). O nariz dava até a impressão de que seria doce em boca, mas não. Em boca é que mostra seu melhor lado. A acidez é correta e a fruta é equilibrada com notas terrosas e especiadas bem gostosas. É um vinho que ganha com tempo em taça e decanter. Se for bebê-lo, aere em decanter por uma hora. Mas atenção: É chileno! Não vá esperando um borgonha. Ele tem o carimbo chileno e assim deve ser encarado. Mas é muito bem feito e para mim, se destaca frente a seus colegas na mesma faixa de preço. Aliás, gostei mais dele que de seu irmão Herú. Vale a pena experimentar. A propósito, ele acompanhou muito bem a bacalhoada.
Minha ressalva: O álcool é um pouco saliente. Aliás, 14% para um Pinot é muito.
Minha ressalva: O álcool é um pouco saliente. Aliás, 14% para um Pinot é muito.
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