domingo, 13 de abril de 2014

Na casa do Paolão: Chateau Trotanoy Pomerol 1994, Pago de Carraovejas Crianza 2007 e EQ Matetic Syrah 2010!

Dias atrás o Paolão ligou convidando para beber umas taças na casa dele. Disse que era um "velhinho", e que estava até com medo de já ter ido... Fui correndo, claro. O JP também. Chegando lá, era um Chateau Trotanoy 1994. O Chateau fica a um kilometro a oeste do grande Chateau Pétrus. Aliás, dizem que o vinho é vinificado da mesma forma que o grande Pétrus, com exceção para suas barricas usadas a cada ano, que são 1/3 a 1/2 novas. E enquanto o Pétrus é motivo de sonho para muitos apreciadores, o Trotanoy cabe no bolso. Os produtores dizem primar mais pelo frescor que pelo peso, o que acho ótimo. O vinho, como a maioria dos grandes bordeaux, é longevo e pede pelo menos uma década para mostrar suas qualidades. Este, tinha 20 aninhos. 
O Paolão me deu o prazer de abrí-lo e a rolha estava perfeita. Ao verter na taça, mostrava nervo e pediu decanter. Vejam a foto do danado descendo o funil... Que cor! E os aromas foram se revelando aos poucos. Notas de framboeza e cassis se mesclavam a notas de tabaco, herbáceas e de especiarias. Em boca tinha corpo médio, muito frescor para um vinho de 20 anos, clareza, taninos firmes e final longo. Muita elegância, claro... Duvido que alguém dissesse se tratar de um vinho de 20 anos. Aguentaria ainda muitos outros. Pode me chamar quantas vezes quiser para beber vinhos iguais a este, Paolão!!!
E não contente, o Paolão abriu um Pago de Carraovejas Crianza 2007. Aliás, é o segundo destes que ele nos oferece. Por isso, nem vou comentar muito. É só você dar um clique aqui para ler sobre ele. Mas tenho que dizer que gosto muito do danado, que se destaca pelo lado especiado. Um Ribera del Duero diferenciado e a ser conhecido.
Bem, e como o JP tinha levado um EQ Matetic Syrah 2010, e a gente não gosta de fazer desfeita (rs), resolvemos abrí-lo para beber pelo menos uma taça cada. Tá bom... matamos o vinho. Estava muito bom o danado! O vinho é um chileno produzido com uvas cultivadas de forma orgânica e segundo os preceitos da biodinâmica. A maturação é feita por 13 meses em barricas de carvalho. É um Syrah de primeira! Ao nariz mostra notas de amoras, cassis, de especiarias e minerais. Em boca, repete o nariz e mostra ótima acidez, mineralidade e um final especiado muito gostoso. Destaque para seu frescor, mineralidade e lado especiado. É um vinho muito rico, sem exageros e para mim, destaque entre seus colegas chilenos na mesma faixa. Ótimo vinho! Por isso, não teve jeito de ficar apenas com uma taça...rs.
Valeu amigos!


4 comentários:

  1. Caro Flavio,
    Em 2011 tomei um Trotanoy 1993 e achei um vinho bem feito, bastante agradável, mas não me "emocionou". Há mesma época tomei um Angelus 1994 e aí sim, supriu minhas expectativas. Como a diferença de preço entre os dois foi mínima quando os comprei, deixou-me a impressão de que o Angelus é mais Vinho. Um outro Bordeaux que sempre tenho em casa e sempre que viajo trago mais garrafas é o Pavie-Macquin.
    Abraços,
    Márcio

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    1. Grande Márcio,
      Eu ainda não bebi o Angelus, mas um amigo me disse certa vez que era um belo vinho. Você agora reforça a dica. É um que eu preciso beber. Bem, mas tem que vir na mala, pois aqui o preço é salgado...rs. Principalmente das últimas safras. O Pavie-Macquin também não bebi, mas ele sempre é muito bem avaliado e tem um preço mais "palatável", não? Ele fica no mesmo patamar do Angelus? Um que tem um preço razoável e que acho muito bom é o Canon-La Gaffeliere.
      Abraços,
      Flavio

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  2. Flávio,
    O Pavie-Macquin, pelo seu custo-benefício é o meu Bordeaux preferido. Minha predileção sempre foi por St-Emilion. O Angelus, eu diria que está um degrau acima (mas um degrau não muito alto, rss). Em anos como 1998 e 2000 o Pavie-Macquin está, para mim, perfeito. Tenho ainda uma garrafa do 2006, outra 1998 e a mais recente aquisição é uma 1989 que deve ser aberta por agora.
    Abraços,
    Márcio

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    1. Oi Márcio,
      Bom saber disso. Quando eu tiver oportunidade, colocarei um Pavie-Macquin na mala...rs. Também sou fã dos St-Emilion, que acho muito ricos e intensos. Imagino que este 1989 que você tem deva estar uma beleza, hein! Por outro lado, os bordozões de 2000 devem estar agora começando a desabrochar, não? E nos EUA dá para pegar uns deles a bom preço (comparado com os preços irreais daqui...rs).
      Abraços,
      Flavio

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