Lembro-me bem de quando provei um Quinta da Manuela 2001, servido pelo próprio artista, Jorge Serôdio Borges, que divide com sua esposa Sandra Tavares da Silva a autoria deste vinhão. Na ocasião, o meu amigo Richard, que me acompanhava em uma degustação da Vinci, o elegeu o vinho mais impressionante da noite. E estava realmente excelente. E recentemente, em visita aos meus amigos Zeca e Silvana, novos habitantes de Goiânia, apreciamos um Quinta da Manuela 2000 no restaurante Porto Cave. O vinho foi apreciado depois de um bem mais jovem Cortes de Cima Syrah 2011, e foi legal a comparação. O Quinta da Manuela, como nos disse o proprietário do restaurante, o simpático José Pedro, é vinho para paladares com rodagem. Aqueles que preferem toneladas de fruta e madeira saindo pelo ladrão, podem estranhar. O vinho é feito com Tinta Amarela, Tinta Cão, Tinta Roriz, Touriga Franca e Touriga Nacional, com a tradicional pisa a pé. A maturação é feita em barricas de carvalho francês novas (50%) e de segundo uso (restantes 50%). Ao nariz mostrava notas de cereja seca, ervas e tabaco. Em boca, repetia o nariz, mostrava taninos redondos e um final levemente herbáceo. Vinho tradicional, de muita categoria e que, no auge de seus 14 anos, mostra ainda muita vitalidade. Primeira linha! Digno de um jantar com grandes amigos. Se você quiser adquirir um deste, está disponível na Sabores de Portugal.
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