terça-feira, 25 de outubro de 2016

Luis Segundo Malbec 2006, The Chocolate Block 2009 e Bettú Corte Bordales 2002

Noite de poucos confrades... O Paulinho levou este Luis Segundo 2006. O vinho é um 100% Malbec das Bodegas Luis Segundo Correas. A família Correas chegou em Mendoza no século XVII e tem larga tradição política na região. Na viticultura, idem. O vinho é um dos especiais da vinícola, que produz também os mais simples Las Acequias. Ele passa 18 meses em barricas de carvalho francês. Tem cor rubi brilhante e bastante clareza nos aromas, com notas de ameixas, cerejas e especiarias, como canela, cravo e baunilha. Em boca mostra boa acidez, muita clareza, taninos sedosos e final longo e especiado. Muito bom vinho! Malbec que não enjoa.
O Paolão levou um Chocolate Block 2009, sulafricano da Boekenhoutskloof (nome difícil, hein?). É a mesma que faz a linha Porcupine. Este Chocolate Block é feito com Syrah (67%), Grenache (14%), Cabernet Sauvignon (10%), Cinsault (7%) e Viognier (2%), e passa 15 meses em barricas 40% novas. Dizem que lembra um Chateauneuf du Pape... Eu não acho muito não. Aliás, achei novo mundo demais. Tem aromas de frutas maduras, ameixas e amoras em compota, chocolate, baunilha e tostado. Em boca é concentrado, extraído, com notas de frutas compotadas, achocolatadas e tostadas. Tinha curiosidade para conhecer este vinho, mas ele não satisfez minhas expectativas. O tostado e chocolate em excesso me incomodaram.
O Tonzinho levou um Bettú Corte Bordalês 2002. Bem, nem preciso dizer o corte. A produção é pequena. Esta garrafa era a número 356 de apenas 650 produzidas. Vinho brasileiro, geralmente caro, de produtor considerado por muitos controverso, e que infelizmente, não me agradou. Não mostrava muito ao nariz e nem em boca. A fruta estava encoberta em meio a notas de folhas secas. Era seco, o que era bom, e os taninos firmes. Meio rústico. Bem, não fez a cabeça de nenhum dos confrades. Será que se ficasse aberto algum tempo mudaria? Não sei. 
Noite salva pelo Luis Segundo. 
Rapaz, não me lembro o que levei? Será que levei vinho esta noite? Ih...


6 comentários:

  1. Bom dia Flávio.
    Em julho do ano passado estive no bettu, em garibaldi, e fiz a melhor degustação entre todas que fiz na serra gaucha.
    No dia achei esse vinho espetacular e comprei uma garrafa.
    Abri há uns 6 meses e tive as mesmas impressões que você. Um vinho rústico, com bastante percepção de folhas secas, muito diferente do vinho provado na serrà. Uma decepção.
    Enfim, cada garrafa é uma garrafa!
    Abraços
    Renato fleury
    Obs: gostei muito do nebiollo 2005 do bettu.

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    1. Caríssimo Renato,
      Bom dia! Como estão as coisas por aí?
      Rapaz, bom saber que você teve as mesmas impressões sobre este vinho. Eu fiquei surpreso, pois já havia ouvido elogios a ele. Uma pena. Como você disse, pode ser a máxima de "cada garrafa, uma garrafa". No entanto, no caso, já são duas que foram para um lado...rs.
      O meu amigo que ofertou o vinho comprou alguns dele também em viagem ao sul. Lembro que tinha o Nebbiolo no pacote, mas este eu faltei no dia que ele abriu e não fiquei sabendo se estava bom. Quer dizer que é bom o danado? Mas são caros, não?
      Grande abraço,
      Flavio

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  2. Sim, são bem caros, mas penso que ainda valem mais a pena do que alguns "ícones" de vinicolas grandes da serra gaúcha. Os preços subiram demais.... e a degustação do bettu é de tirar o chapéu! Quando fiz uma visita a sua "vinicola" degustamos 11 vinhos, entre eles brancos (um chamado salarina me chamou bastante atenção ) tintos, que em sua maioria já possuem algum tempo de garrafa, e um malvasia de cândia licoroso que era uma beleza.
    Se está no sul penso que vale a pena visitar.
    Inclusive o nebbiolo dele se saiu bem em uma degustação as cegas aqui em casa com alguns barolos mais simples
    Abraços

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    1. Então, Renato... Este é o problema: Pelo preço cobrado, no caso de vinhos com corte bordadalês, vou de um bom Petit Chateau ou Cru Bourgeois. Nem cito acima... Em questão de Nebbiolo sou bem cético. Há pouco tempo bebi um da argentina Viña Alícia, que faz ótimos vinhos. E na hora, mais uma vez me convenci que Nebbiolo tem que vir do Piemonte. Até hoje, não encontrei um único que batesse um simples Nebbiolo Perbacco de Vietti. Bem, posso falar pouco dos Bettú, pois bebi só uns dois. Mas nenhum deles me convenceu... Por outro lado, sempre fico impressionado quando bebo o Peverella Era dos Ventos do Zanini, e contente com os tintos bons e de bons preços dele.
      Grande abraço,
      Flavio

      ps. Estava tentando resgatar seu e-mail com aquelas questões sobre o consumo dos vinhos que você me fez. Não estou conseguindo. Mas se me lembro, era um Bordeaux e CdP novos, de 2011, 2012, não? Bem, sem dúvida alguma eu guardaria mais uns 2-3 anos.

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  3. Grande Flávio, concordo com vc quanto ao the chocolate block, bebi esse vinho há algum tempo atrás e odiei, botei na geladeira levei uns três dias tentando bebê-lo e não consegui, o problema maior é que não é barato... O Betú batiza os vinhos segundo ouvi dizer..kkk na casa dele é tudo bom depois....hehehhehehe

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    1. Grande Hélio!
      Pois é, o The Chocolate Block é caro! Eu esperava mais dele considerando seus irmãos menores, que costumam ser bons. Uma pena... Espero que seja coisa de safra ou garrafa. Quanto ao vinho do Bettú, o Renato, leitor e comentarista assíduo aqui do blog, disse que gostou muito dos vinhos quando visitou o Bettú lá no sul. Meu amigo aqui de São Carlos disse o mesmo. No entanto, os vinhos que bebi não me fizeram a cabeça.
      Abraços,
      Flavio

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