Antes tarde, do que nunca! Faz tempo que era para liberar esta postagem, com os vinhos que apreciamos em meu último aniversário. E foi muita coisa boa. Começarei pelos brancos.
Eu abri um Clos du Papillon 2004, Savenniéres de primeira produzida pelo excelente Domaine de Baumard. Aqui é certeza de agradar. Alguns podem pensar na idade do vinho... Ledo engano! A Chenin Blanc em sua melhor forma! A cor era incrível, bem clarinha, nenhum sinal de envelhecimento. O nariz, rico, com notas cítricas (lima) e minerais, com um fundinho de favo de mel. Em boca era seco, acidez vibrante, cítrica e muita, muita mineralidade! Novíssimo! Nenhum sinal de cansaço. Todos pensaram se tratar de um vinho muito mais jovem. Clamava por ostras... Delicioso! A WS diz que tem textura de porcelana! Boa definição. Encontra-se no mercado o 2009, que tem 93 pontos da WS. É caro? Não é barato. Mas tem gente que tem coragem de comprar branco do novo mundo por preço mais alto. E aí...
Eu abri um Clos du Papillon 2004, Savenniéres de primeira produzida pelo excelente Domaine de Baumard. Aqui é certeza de agradar. Alguns podem pensar na idade do vinho... Ledo engano! A Chenin Blanc em sua melhor forma! A cor era incrível, bem clarinha, nenhum sinal de envelhecimento. O nariz, rico, com notas cítricas (lima) e minerais, com um fundinho de favo de mel. Em boca era seco, acidez vibrante, cítrica e muita, muita mineralidade! Novíssimo! Nenhum sinal de cansaço. Todos pensaram se tratar de um vinho muito mais jovem. Clamava por ostras... Delicioso! A WS diz que tem textura de porcelana! Boa definição. Encontra-se no mercado o 2009, que tem 93 pontos da WS. É caro? Não é barato. Mas tem gente que tem coragem de comprar branco do novo mundo por preço mais alto. E aí...
Continuando nos brancos, um de primeira grandeza levado pelo Paolão: Chateau de Beaucastel Chateauneuf du Pape branco 2008. O vinho é produzido pela família Perrin, sob a batuta dos filhos de Jacques Perrin, Jean-Pierre e François, e atualmente, já com o auxílio da quinta geração. O produtor tem uma larga tradição em cultivo sustentável. Já em 1950 iniciou a produção orgânica, e em 1974, o cultivo biodinâmico. Este branco é feito com 80% Roussanne, 15% Grenache Blanc e 5% de Picardan, Clairette e Bourboulenc, plantadas em apenas 7 hectares. Trinta por cento do vinho é fermentado em barricas, e o restante em tanques. O vinho tem bela cor amarela dourada e aromas florais, pêssego e marmelo, em um fundo de mel. Em boca, repete o nariz, mostra bom frescor, notas amendoadas e final longo e levemente amanteigado. Precisa de tempo para se mostrar. Bom abrir um pouco antes. Um vinhão, claro!
Outro branco apreciado, levado pelo Joãozinho, foi o Quinta do Carmo Branco 2012. Nesta safra, o vinho foi produzido com Roupeiro (55%), Arinto (30%), Perru (10%) e Fernão Pires (5%). Não passa por madeira. Os aromas são florais e de frutas tropicais, em um fundo abaunilhado. Em boca, repete o nariz e mostra acidez correta. Eu achei a fruta muito proeminente. Não reclamo em beber, mas não é meu vinho. Fica bem longe de seus irmãos tintos, seja o normal, ou ainda mais, o Reserva.
Outro branco apreciado, levado pelo Joãozinho, foi o Quinta do Carmo Branco 2012. Nesta safra, o vinho foi produzido com Roupeiro (55%), Arinto (30%), Perru (10%) e Fernão Pires (5%). Não passa por madeira. Os aromas são florais e de frutas tropicais, em um fundo abaunilhado. Em boca, repete o nariz e mostra acidez correta. Eu achei a fruta muito proeminente. Não reclamo em beber, mas não é meu vinho. Fica bem longe de seus irmãos tintos, seja o normal, ou ainda mais, o Reserva.
Passemos aos tintos?
Vamos na sequência da foto acima. O primeiro tinto, um ótimo Chambolle-Musigny Champy Les Bussieres 2005, foi ofertado por este que vos escreve. É um borgonha concentrado, com notas de framboesas, cerejas, cacau, leve tostado e especiarias. Em boca mostrava ótimo equilíbrio, taninos redondos e final longo, terroso e especiado. Um ótimo Chambolle-Musigny, diferente de seu irmão de 2006, recentemente descrito aqui no blog. Este 2005 é mais austero, mais sério que o 2006.
Do lado dele, outro vinho por mim ofertado, um belo exemplar riojano: Trasnocho 2006! O vinho, um dos tops da vinícola Remirez de Ganuza, é feito com um método inovador. Uma bolsa de PVC é introduzida dentro do depósito com as uvas e é enchida de água. Desta forma, o suco restante com as cascas (~70%) é extraído de uma forma delicada, sem fricção, que poderia levar a sabores herbáceos e oxidação. Veja aqui a descrição e um filme mostrando o processo. O vinho é realmente especial. Tem um estilo moderno, cor bem escura e aromas de cereja preta, ameixa e tostados. Em boca, ótima acidez, intensidade, taninos firmes e final muito longo e especiado. Um vinhaço, robusto e muito elegante. Está ainda cheio de vida e poderia ter sido guardado ainda por muitos anos. Este, já foi!
Do lado direito dele, um vinho ofertado pelo JP. E que vinhão! Era um Giramonte 2006, de Marchesi de Frescobaldi. Ele já pintou por aqui no blog, levado pelo Paolão em seu aniversário (clique aqui para ver o que rolou naquela noite). Vinho feito a partir de uvas da Tenuta di Castiglioni, a mais antiga do produtor. Este 2006, o mais destacado de todos Giramonte até hoje produzidos, foi feito com 87% Merlot e 13% Sangiovese. Afinou em barricas por 16 meses e 6 em garrafas antes de sair ao mercado. Tem cor escura e aromas de cerejas, amoras, cacau e café, em um fundo abaunilhado. Em boca é musculoso, intenso, com fruta envolta em café, cacau e especiarias. Os taninos são redondos e o final interminável. Um monstro! Vinhaço! Desta vez foi decantado, como devia, e mostrou toda sua riqueza. A propósito, a WS lhe deu generosos 97 pontinhos...rs.
E finalizando, vamos para os de sobremesa. Abri um Bacalhôa Moscatel de Setubal 2011, rico, floral, com notas de doce de casca de laranja da terra e pêssego. Dulçor perfeitamente equilibrado com ótima acidez. Delicioso e par perfeito para o Cheese Cake de Damasco feito pela Glace Art.
Ofertei ainda um Dr Burklin-Wolf Rupperstberger Gaisböhl Grand Cru Auslese 2002. Este já foi descrito aqui recentemente. Uma beleza de vinho de sobremesa feito com Riesling de um Grand Cru em Pfalz. Um vinho cítrico, mineral, com ótima acidez, dulçor cativante e um final interminável. Uma delícia!
Isso aí!
Ps. Esta postagem está bem atrasada... Meu aniversário já foi há algum tempo.
Vamos na sequência da foto acima. O primeiro tinto, um ótimo Chambolle-Musigny Champy Les Bussieres 2005, foi ofertado por este que vos escreve. É um borgonha concentrado, com notas de framboesas, cerejas, cacau, leve tostado e especiarias. Em boca mostrava ótimo equilíbrio, taninos redondos e final longo, terroso e especiado. Um ótimo Chambolle-Musigny, diferente de seu irmão de 2006, recentemente descrito aqui no blog. Este 2005 é mais austero, mais sério que o 2006.
Do lado dele, outro vinho por mim ofertado, um belo exemplar riojano: Trasnocho 2006! O vinho, um dos tops da vinícola Remirez de Ganuza, é feito com um método inovador. Uma bolsa de PVC é introduzida dentro do depósito com as uvas e é enchida de água. Desta forma, o suco restante com as cascas (~70%) é extraído de uma forma delicada, sem fricção, que poderia levar a sabores herbáceos e oxidação. Veja aqui a descrição e um filme mostrando o processo. O vinho é realmente especial. Tem um estilo moderno, cor bem escura e aromas de cereja preta, ameixa e tostados. Em boca, ótima acidez, intensidade, taninos firmes e final muito longo e especiado. Um vinhaço, robusto e muito elegante. Está ainda cheio de vida e poderia ter sido guardado ainda por muitos anos. Este, já foi!
Do lado direito dele, um vinho ofertado pelo JP. E que vinhão! Era um Giramonte 2006, de Marchesi de Frescobaldi. Ele já pintou por aqui no blog, levado pelo Paolão em seu aniversário (clique aqui para ver o que rolou naquela noite). Vinho feito a partir de uvas da Tenuta di Castiglioni, a mais antiga do produtor. Este 2006, o mais destacado de todos Giramonte até hoje produzidos, foi feito com 87% Merlot e 13% Sangiovese. Afinou em barricas por 16 meses e 6 em garrafas antes de sair ao mercado. Tem cor escura e aromas de cerejas, amoras, cacau e café, em um fundo abaunilhado. Em boca é musculoso, intenso, com fruta envolta em café, cacau e especiarias. Os taninos são redondos e o final interminável. Um monstro! Vinhaço! Desta vez foi decantado, como devia, e mostrou toda sua riqueza. A propósito, a WS lhe deu generosos 97 pontinhos...rs.
E finalizando, vamos para os de sobremesa. Abri um Bacalhôa Moscatel de Setubal 2011, rico, floral, com notas de doce de casca de laranja da terra e pêssego. Dulçor perfeitamente equilibrado com ótima acidez. Delicioso e par perfeito para o Cheese Cake de Damasco feito pela Glace Art.
Ofertei ainda um Dr Burklin-Wolf Rupperstberger Gaisböhl Grand Cru Auslese 2002. Este já foi descrito aqui recentemente. Uma beleza de vinho de sobremesa feito com Riesling de um Grand Cru em Pfalz. Um vinho cítrico, mineral, com ótima acidez, dulçor cativante e um final interminável. Uma delícia!
Isso aí!
Ps. Esta postagem está bem atrasada... Meu aniversário já foi há algum tempo.
Bom dia Flávio! Que bela comemoração de aniversário!
ResponderExcluirO chateau beaucastel deve ser uma beleza!
Tenho uma garrafa do tinto 2012, acha que posso abri-lo quando?
Abraço
Que bela comemoração de aniversário! Esse chateau beaucastel deve estar uma beleza.
ResponderExcluirTenho uma garrafa dum tinto 2012.... deve estar bom pra beber quando?
Grato
Abraços e parabéns por mais um aniversário (mesmo atrasado)
Olá Renato!
ExcluirRealmente uma grande celebração. Muito bom tomar belos vinhos com grandes amigos. O Beaucastel estava mesmo uma beleza. Mas te confesso que o tinto do produtor me seduz ainda mais. É um vinhão! Bem, o 2012 está bem novinho. Eu esperaria pelo menos mais uns 2-3 anos. Bebi um 2007 tempos atrás e estava uma beleza, mas aguentaria ainda anos e anos.
Obrigado pelos cumprimentos. Sempre é tempo! rs.
Abraços,
Flavio